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quinta-feira, 7 de julho de 2011

REVISITAR ABRIL NO VERÃO GELADO DE 2011


Olha as ruas que o povo engalanou
Com cravos a nascerem das chaimites,
Olha as ruas que eu quero que visites
Nas imagens dos versos que te dou…

Olha as ruas e vê se já chegou
A hora libertária em que acredites,
Que não tenha lugar para os “palpites”
De quem as viu mas nunca acreditou…

Olha essas ruas cheias de vontade
De voltar a gritar que a liberdade
Está pronta pr`a tomar um novo rumo!

Olha os braços das ruas apontando
O caminho que o povo vai tomando…
E o medo há-de passar desfeito em fumo!



Maria João Brito de Sousa – 04.07.2011 – 21.04h

8 comentários:

Prof Eta disse...

“Lixo”

O nosso país já estava lixado
Mesmo antes de ir pr’o lixo
Agora com este valor afixado
É oficial, foi por água abaixo

Há muitas vozes indignadas
Com esta nossa triste situação
Se em trabalho transformadas
Algumas soluções aparecerão

Uma delas será a reciclagem
Valoriza resíduos produzidos
Limpando o lixo desta nação

Eu sei, é preciso muita coragem
Para abafar todos estes ruídos
E passar da conversa à acção.

Ivy disse...

Torço para que "os medos passem"e o povo possa voltar a acreditar num amanhã melhor.


Um abraço

Maria João Brito de Sousa disse...

Obrigada, amigos Prof Eta e Ivete!
Um enorme abraço e muito obrigada pela vossa visita!

Prof Eta disse...

“Milagres pedidos”

Berlusconi meu querido
Não esteja preocupado,
-Eu a isso não sou dado
Vou ali fazer um pedido

À senhora de Caravaggio
Ela atende-me muito bem
Ao senhor Scolari também
Assim evita-se o contágio

Ela vai acalmar o mercado
Uma vela lhe vou acender
O meu charme é um elixir

E se vir este pedido gorado
Então as coisas vão aquecer
O padrinho terá qu’intervir.

Prof Eta disse...

“O remador”

Nosso barco anda à deriva
Muito estranho está o mar
Das vagas não há esquiva
Só vejo um otário a remar

Rema com toda a energia
Mas retiram-lhe o sustento
Há muito tempo não se via
Remar só com este alimento

Tanto remar deixou exausto
Este nosso remador solitário
Não rema, ficou esclerosado

Para mantermos nosso fausto
Quem contribuirá pr’o erário?
Outro remador seja encontrado.

Prof Eta disse...

“Festival Sagres”

Gregos expurgam a crise
Com saxofone e Neruda
Então alguém que analise
Para concluir se isso ajuda

Se o resultado fôr positivo
Aplicá-lo-emos em Portugal
Declama-se poeta no activo
E faz-se um grande festival

Que animará a economia
E para melhorar o resultado
Sem ser à custa de milagres

Divulga-se na rádio telefonia
Este grande evento planeado
Com o patrocínio da Sagres.

Maria Luisa Adães disse...

Bravo poeta, "Revisitar Abril" e descobrir as razões do afundar
deste País.

E segundo o que penso, sem desmerecer Abril,

O país estava arrumado
e é necessário passar
e o salvar do afundar...

Afundado ele está
e o poema veio atrazado...

Seguindo o ProfEta...

Maria Luísa

Prof Eta disse...

“Feijão com couves”

Ministro das finanças explica
Mas a gente é que não entende
Castigo que sobre nós pende
Pensarão que a malta é rica?

Eu cá nunca andei a roubar
Estou-me a sentir assaltado
Pela voracidade deste estado
Não poderão também poupar?

Tenho uma receita simples
Podes aplicá-la, não me ouves?
Se não há para bife da vazia

Cortem nos vossos requintes
E comam feijão com couves
A ver se a carga fiscal alivia.