domingo, 8 de janeiro de 2012
O IMENSO MAR DOS SONHOS POR TECER ou metáforas e duplos sentidos
Relembro as velhas asas que não uso
Sobrevoando os medos que não tenho
Neste eixo imaginário em que desenho
Rotas possíveis para o que recuso
E, de asas a adejar, num som confuso
Em que sonho subir, recuo e venho,
Só das asas me sirvo e, se as desdenho,
É porque ser mais livre é ser recluso
E quanto mais no alto, mais rasando
O chão que aqui me vai aprisionando
Nesta terra que sou, mesmo sem ser
E quanto mais me elevo e vou voando,
Mais fundo, muito mais, vou mergulhando
Nestoutro mar dos sonhos por tecer…
Maria João Brito de Sousa – 05.01.2012 -13.13h
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
SONETILHO DO SONHO POSSÍVEL
Andei por todos os cantos
Redescobrindo horizontes,
Vestindo todos os mantos
Das flores de todos os montes
Mergulhei nos rios mais santos,
Rumo à nascente das fontes
Que lhes dão vida, em quebrantos,
Brotando em líquidas pontes
Perfeitamente tangíveis,
De aparência cristalina,
De arcadas quase invisíveis,
Quase à dimensão divina…
[…fui mãe dos sonhos possíveis
de toda e qualquer menina…]
Maria João Brito de Sousa – 01.01.2012 – 15.07h
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