Nascem selvagens, libertos,
Vindos de coisa nenhuma
Com asas feitas de espuma,
Nos momentos mais incertos
E, se engendram desconcertos,
Trazem razões que, uma a uma,
Vão dissipando esta bruma
Pr`a deixar-nos bem despertos
Pois, se de razões cobertos,
Quem nos seus versos se assuma
E com muitos os reparta
Sobre mesa igualitária
Sem intenção mercenária,
Tirará, da mesa farta,
Quanto o tirano descarta,
Numa ânsia totalitária
De refeição bem mais vária…
E, venha Zé, venha Marta,
Venha “encartado”, ou “sem carta”,
Que a festa é mais necessária
Do que muita gente pensa
Quando não falta na mesa,
Do poema, a clara franqueza
Que a comunhão torna imensa
Pois, mesmo tendo pertença,
Traga alegria ou tristeza,
Nunca é fútil nem burguesa
Porque em si própria condensa
Quanto um povo não dispensa
Se a casa for… portuguesa!
Maria João Brito de Sousa – 12.03.2014 – 17.27h
8 comentários:
Uma casa portuguesa
se a banca não a leiloar
... refiro-me a nós todos, Puma. Mas tens razão! Estamos todos a ser leiloados em hasta pública...
Abraço!
Nascemos libertos, mas vivemos ao som da música que em cada momento nos tocam... e a música actual é sufocante... apesar disso e da tristeza, não dispensamos a alegria da casa portuguesa...
Excelente poema, minha amiga, gostei imenso.
Maria João, tem um bom domingo e uma boa semana.
Beijo.
A música actual é tão, mas tão sufocante, que eu penso que é tempo de todas as "casas portuguesas" se levantarem para a "desligar", Nilson...
Um grande abraço para ti!
Casa portuguesa - generosa e sofrida...
abraço
Muito, muitíssimo sofrida, Heretico...
Abraço!
Assim é e eu também o sei.
Estou a gostar muito de a descobrir. poetisa.
Beijo
ANA, DEIXEI DE TER ACESSO A ESTE BLOG, ESTOU A PUBLICAR DIARIAMENTE EM https//poetaporkedeusker.blogs.sapo:pt/
OBRIGADA E UM ABRAÇO!
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